A Organização Mundial de Saúde (OMS) vai reunir na próxima segunda-feira o comité de emergência para decidir uma resposta global à rápida disseminação de infecções pelo vírus Zika na América Latina. A doença, que foi associada a um aumento de casos de microcefalia em recém-nascidos, tornou-se uma ameaça de “proporções alarmantes”, afirma a diretora-geral da organização.
A decisão vai ao encontro de um apelo lançado na véspera por dois peritos norte-americanos que, num artigo publicado Journal of the American Medical Association, avisavam que o Zika tem o “potencial de uma pandemia explosiva”.
Daniel Lucey, especialista em doenças infecciosas, e Lawrence Gostin, perito em legislação internacional sanitária, pediam, por isso, à OMS para não repetir as falhas na sua resposta inicial à epidemia de ebola, em 2014, que terão ajudado a que o vírus se disseminasse rapidamente por um punhado de países da África Ocidental, provocando mais de dez mil mortos.O panorama começou a mudar quando a organização declarou a epidemia uma “emergência de saúde pública de preocupação internacional”.
O Brasil é o país mais afetado: as autoridades não comunicam o número de infectados, que os especialistas admitem ser superior a um milhão de pessoas, mas apenas o número de bebés com suspeita de microcefalia (recém-nascidos com perímetro cefálico inferior a 33 cm), atualmente a rondar os 3500 casos. Segue-se a Colômbia, com 13.800 casos de Zika confirmados e uma centena de bebés com malformações.
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