Jornal satírico francês Charlie Hebdo
Periódico ganhou fama mundial ao publicar desde 2006 uma
série de capas e caricaturas representando o profeta Maomé.
O jornal era alvo recorrente de ameaças de grupos jihadistas
e de extremistas desde 2006, por ter republicado charges do profeta Maomé
originalmente editadas por um veículo de imprensa dinamarquês.
Em 2011, a redação já havia sido destruída em um incêndio
criminoso. Apesar de satirizar Maomé e o islamismo, o Charlie Hebdo não era um
jornal islamo-fóbico e publicava sátiras também sobre judeus e cristãos.
O que aconteceu?
Homens armados com fuzis AK-47 invadiram redação do jornal Charlie Hebdo e mataram 12
pessoas - sendo 9 jornalistas. Foi o pior atentado terrorista na França nos
últimos 50 anos.
A polícia francesa conseguiu identificar os responsáveis -
dois dos três são nascidos na França. Um deles já havia passado 18 meses preso
por envolvimento com uma célula de recrutamento de jihadistas. O cúmplice mais
jovem, que seria um morador de rua de 18 anos recrutado pelos outros dois,
entregou-se no fim da noite de ontem, perto da fronteira com a Bélgica
Vítimas
Entre os mortos, estão os principais cartunistas do Charlie
Hebdo: Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, Philippe Honoré, Georges
Wolinski, Bernard Verlhac, que assina como Tignous, e Jean Cabut, conhecido
como Cabu. Também foram assassinados o economista e colaborador do jornal
Bernard Maris, o policial AhmedMerabet, executado na rua, Michel Renaud, que
era convidado da redação, o também jomalista revisor Mustapha Ourad e o agente
Franck Brinsolaro. As outras vítimas foram o porteiro Frédéric Boisseau e a
psicanalista Elsa Cayat, que também era colaboradora do jornal.
Alerta
Em resposta ao ataque, o Ministério do Interior aumentou o
nível de alerta do Plano Vigipirata, que estabelece as diretrizes em caso de
ameaça terrorista na França.
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