segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Filho de Lula X Operação Zelotes

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (26) mais uma fase da Operação Zelotes, que investiga um esquema de pagamento de propina a integrantes do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), vinculado ao Ministério da Fazenda.
A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na empresa LFT Marketing Esportivo, que pertence a Luis Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, na rua Padre João Manuel, nos Jardins, bairro nobre de São Paulo.
Segundo funcionários do prédio, a operação aconteceu por volta das 6h.
Agentes, que chegaram em um carro da Receita Federal e em outros dois da PF, foram até o quinto andar do edifício, onde fica a empresa. Vizinhos e funcionários do prédio relataram que os policiais permaneceram no local por cerca de duas horas e saíram com várias pastas carregadas de documentos.
Um funcionário disse que Luis Cláudio foi ao local nesta segunda por volta das 9h, onde ficou por cerca de uma hora.

Eleições pelo mundo

Eleições pelo mundo:

1) Eleição para presidente no Haiti no domingo teve 54 candidatos

2) O comediante evangélico Jimmy Morales venceu no domingo a segunda volta das eleições presidenciais na Guatemala

3) Eleição na Argentina terá 2º turno entre Daniel Scioli e Mauricio Macri

Redação do Enem 2015 'plantou uma semente', diz Maria da Penha

Redação do Enem 2015 'plantou uma semente', diz Maria da Penha - clique aqui


Enquanto 5,7 milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) redigiam, na tarde deste domingo (25), uma redação com base na lei que leva seu nome, a farmacêutica e ativista cearense Maria da Penha Maia Fernandes, de 70 anos, era uma das cinco pessoas homenageadas no centenário da Editora Paulinas, no Recife. Foi durante esse evento que ela descobriu o tema da prova de redação do Enem 2015, da boca de uma das candidatas da prova.
"Uma menina que tinha feito o Enem se aproximou de mim, pediu uma foto e falou: 'a senhora soube que a redação foi sobre a Lei Maria da Penha?'", contou ela, em entrevista por telefone aoG1, nesta segunda (26).
"Fiquei feliz, o tema realmente está na boca do povo agora. Plantou uma semente", explicou Maria, que é de Fortaleza e, em 1983, ficou paraplégica depois de seu marido tentar assassiná-la com um tiro nas costas, enquanto ela dormia. O agressor foi condenado, mas foi solto depois de cumprir parte da pena. Hoje está livre.
tema da redação do Enem 2015 foi "a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira", e provocou polêmica nas redes sociais.
A ativista afirma que não parou para pensar na quantidade exata de pessoas que fizeram a prova de redação, mas diz que ele é "muito significativo", e um sinal de que "a lei está sendo comentada e conhecida na vivência de cada um e também na escola, porque despertou nas pessoas a necessidade realmente de conhecer o funcionamento da lei, e de entender mais profundamente a situação".




Redação do Enem - 1

O tema da redação — A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira — também foi alvo de aplausos e de críticas na internet. A hashtag #EnemFeminista foi usada tanto para exaltar o espaço dado à discussão sobre agressões sofridas por mulheres quanto por pessoas que criticaram a opção dos formuladores da prova. 

Além de ser tratada na redação, a discussão sobre gênero apareceu em uma das  questões da prova de sábado. Os deputados federais Marco Feliciano (PSC/SP) e Jair Bolsonaro (PP/RJ) voltaram a causar polêmica. Desta vez, os dois criticaram o que chamaram de doutrinação na prova do Enem. O alvo das reclamações dos parlamentares foi essa questão, que trazia uma citação da escritora Simone de Beauvoir. 
“Não adianta usar desses rasteiros expedientes. Vamos protestar sempre e extirpar de nossos currículos teorias alienígenas que nada acrescentam ao engrandecimento de nossa cultura e tradições”, escreveu Feliciano. Bolsonaro, por sua vez, acusou o Partido dos Trabalhadores (PT) de doutrinação marxista. “O sonho petista de querer nos transformar em idiotas materializa-se em várias  questões”, escreveu. 

A antropóloga Debora Diniz, professorsa da Universidade de Brasília (UnB),defende o tema abordado na prova. “Uma onda de repercussão contrária ao tema tão somente demonstra limitação do interlocutor que seja incapaz de ver a mulher  como distanciada daquela predestinada à casa, à inferioridade e à subalternização”, afirma a Debora. 

Memória 

A filósofa francesa ficou conhecida pelas obras que retratavam o papel da mulher na sociedade. Morreu em 1986. A frase publicada na prova foi: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico,síquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino”. 

domingo, 25 de outubro de 2015

Morte de Vladimir Herzog completa 40 anos neste domingo

A morte do jornalista Vladimir Herzog completa 40 anos neste domingo (25). Ele era diretor do telejornal "Hora da Notícia", veiculado pela TV Cultura de São Paulo. Segundo foi reconhecido depois, Vlado foi morto sob tortura pelos militares após ser detido nas dependências do Destacamento de Operação de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOPS/SP) . Ele deixou viúva a esposa Clarice, com os dois filhos do casal, Ivo, na época com 9 anos, e André, com 7.
A comoção causada pela morte do jornalista reaglutinou diversos setores da sociedade e provocou a primeira reação popular contra os excessos do regime militar. Por esse motivo, a data de morte foi escolhida para celebrar a democracia no país, sendo considerada o "Dia da Democracia".

Termina dinastia Kirchner, Argentina elege novo presidente

Os argentinos votam neste domingo por uma nova era política, sem um Kirchner no poder. Os três principais candidatos à presidência da Argentina, o governista Daniel Scioli e os opositores Mauricio Macri e Sergio Massa, votaram logo cedo para não perder a semifinal do Mundial de rúgbi - quando Argentina enfrenta Austrália.

Scioli, apoiado pela presidente Cristina Kirchner e sua coalizão de esquerda Frente para a Vitória (FPV), é o grande favorito. Este ex-campeão mundial de motonáutica, que teve o braço direito amputado apos uma competição, tem uma vantagem de cerca de 10 pontos à frente de Mauricio Macri, o prefeito conservador de Buenos Aires.

A incógnita das eleições, das quais participarão cerca de 32 milhões de eleitores, é se Scioli conseguirá somar os 45% de votos ou os 40% e uma diferença de dez pontos sobre o segundo para evitar o segundo turno. Caso não consiga, uma nova votação será realizada em 22 de novembro.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico - TPP, na sigla em inglês

Objetivo: eliminar tarifas entre esses países para a comercialização de determinados bens e serviços.

Tamanho: Maior bloco econômico.  Representam 40% da economia mundial.

Celebração: Firmado nesta segunda-feira (5) em Atlanta

Quais são os países participantes?
São 12: Estados Unidos, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.

Próximos países que poderão aderir:  Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas

As principais regras

Tarifas e cotas: Muito utilizadas para proteger as indústrias nacionais de bens importados mais baratos, as tarifas sobre importações já foram um padrão de política comercial, e geraram a maior parte da receita do Tesouro dos EUA no século XIX. Após a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, os EUA lideraram um movimento em direção a um comércio mais livre. Hoje, os EUA e os países mais desenvolvidos têm poucas tarifas, mas algumas permanecem. Os EUA, por exemplo, protegem o mercado interno de açúcar de fornecedores globais de menor preço e impõem tarifas sobre calçados importados, enquanto o Japão tem sobretaxas crescentes sobre produtos agrícolas, incluindo arroz, carne e produtos lácteos. O pacto é um esforço para criar uma zona de livre comércio no Pacífico.

Meio ambiente, trabalho e propriedade intelectual: Negociadores americanos destacam que o acordo do Pacífico busca nivelar as condições entre os países ao impor rigorosas normas de trabalho e ambientais aos parceiros comerciais, além da supervisão dos direitos de propriedade intelectual.

Fluxo de dados: O pacto comercial do Pacífico também tem o objetivo de resolver uma série de questões que surgiram desde que acordos anteriores foram negociados. Uma delas é que os países concordam em não bloquear as transferências de dados via internet, e não exigem que os servidores sejam localizados no país para fechar negócio. Esta proposta tem atraído a preocupação de alguns países, entre eles a Austrália, pois isso poderia entrar em conflito com as leis e regulamentos sobre privacidade e dados pessoais armazenados no exterior.

Serviços: Um grande objetivo do pacto do Pacífico é aumentar as oportunidades para indústria de serviços, que responde pela maioria dos empregos privados na economia americana. Os EUA têm uma vantagem competitiva em uma gama de serviços, incluindo finanças, engenharia, software, educação, direito e tecnologia da informação. Embora os serviços não estejam sujeitos a tarifas, condições de nacionalidade e restrições sobre o investimento são usadas por muitos países em desenvolvimento para proteger as empresas locais.


Negócios estatais: Os negociadores americanos têm discutido a necessidade de abordar o favoritismo frequentemente concedido a empresas estatais. Embora Vietnã e Malásia tenham muitas dessas empresas, os EUA também têm algumas (o serviço postal e Fannie Mae, por exemplo). O acordo final pode incluir termos que buscam garantir alguma neutralidade concorrencial, mantendo a porta aberta para a aceitação futura da China no pacto.