A Argentina saiu ontem de uma moratória de 15 anos ao pagar US$ 6,2 bilhões a credores internacionais conhecidos fundos abutres. Com isso o país governado por Mauricio Macri poderá retornar ao mercado internacional de crédito, sem qualquer restrição. O acerto de contas havia sido determinado pela Justiça de Nova York, que suspendeu as medidas de represália contra os argentinos. A notificação do pagamento foi feita pelo governo de Macri ao juiz federal norte-americano Thomas Griesa.
sábado, 23 de abril de 2016
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Panama Papers
Foi divulgada neste domingo uma investigação jornalística mundial sobre a Mossack Fonseca – empresa do Panamá que se dedica à abertura de offshores no exterior – que revela uma ampla listagem de políticos e outras personalidades públicas que mantêm seu dinheiro (de maneira ilegal ou lícita) em paraísos fiscais.
A reportagem, uma iniciativa do Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo, com a participação de veículos de mídia brasileiros, contém mais de 11 milhões de documentos de cerca de 200.000 offshores ligadas a pessoas de uns 200 países. Entre eles, está o Brasil, cujas investigações sobre o esquema de corrupção da Petrobras contribuíram com o vazamento de dados confidenciais da Mossack Fonseca – já que o escritório brasileiro da empresa foi alvo da 22a fase (Triplo X) da Operação Lava Jato.
Aparecem entre os envolvidos nos chamados "papéis do Panamá" os nomes do Presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do usineiro e ex-deputado federal João Lyra (PTB-AL) e do ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). A força-tarefa da Lava Jato investigou o escritório brasileiro por conta da suspeita de que a Mossack estivesse ajudando o ex-presidente Lula a ocultar a verdadeira propriedade do tríplex do Guarujá. Mas seu nome não apareceu entre os clientes da empresa panamenha até o momento.
Ao menos 57 brasileiros já relacionados à investigação da Polícia Federal aparecem nos documentos, ligados a mais de cem offshores criadas em paraísos fiscais. Duas delas, por exemplo, foram criadas pela Mossack para Luiz Eduardo da Rocha Soares e Olívio Rodrigues Dutra, acusados de operar contas secretas da empreiteira Odebrecht. Há ainda nomes desconhecidos dos investigadores brasileiros, que deverão somar-se ao processo capitaneado por Sérgio Moro no Ministério Público do Paraná.
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