O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou nesta sexta-feira os governos "irmãos" da América Latina e do Caribe, a Unasul e a Celac a se solidarizarem com seu país frente à "agressão" que, diz, está sofrendo dos Estados Unidos.
O governo venezuelano vem divulgando nos últimos dias informações sobre um suposto plano fracassado de golpe de Estado no qual estariam envolvidos políticos da oposição, orientados por Washington. Essas acusações foram tachadas de "ridículas" pelos Estados Unidos.
O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi detido ontem e denunciado hoje pelo Ministério Público da Venezuela por suposto envolvimento na conspiração alegada por Maduro.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, explicou em sua entrevista coletiva diária que Washington está analisando as "ferramentas disponíveis" para "conduzir" Caracas rumo a um caminho mais adequado, como resposta à detenção do prefeito Ledezma, informou hoje a Casa Branca.
Maduro afirmou que essas declarações são "prepotentes" e "arrogantes" e indagou quais seriam as ferramentas que o Executivo americano está considerando.
"Quem disse que o governo dos Estados Unidos tem poder para determinar o caminho da Venezuela?", questionou.